domingo, 24 de julho de 2011

Reforma


Posso dizer que é minha culpa, acumulei demais. Foram lembranças, dúvidas, saudades, ciúmes, memórias. Era tanta coisa que eu mesma não tinha espaço, toda hora que queria guardar algo novo via um mundo de caixas velhas e desistia.

Não dei espaço para nada e em todos os setores eu fiquei atrasada, novas amizades ficaram difíceis, amores não tiveram chances, o rancor também ficou guardado misturado com a poeira que se acumulava no meio de tudo, me tornei uma pessoa complexa.

Foi aí que decidi reformar, retirar essas caixas velhas que ocupam tanto espaço, retirar a poeira acumulada, criar um espaço amplo e aconchegante para o que está chegando, para tudo que for novo, que me fizer bem.

Seja bem vinda felicidade, te esperei por muito tempo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

O que antecede a calma


Eu acho que está tudo bem, posso me acostumar com algumas borboletas no estômago, algumas falhas nos joelhos, o disparo do coração. Talvez eu possa deixar você me encontrar de mansinho, me embalar devagarzinho, baixar a guarda e deixar de lado essa pose de auto-suficiente.
Tenho me esforçado para esquecer aquele coração desconfiado, tenho me concentrado em pensar positivo, mesmo com aquele frio na barriga e sensação de estar despreparada, boba, perdida.
Não quero repetir o erro de bater o martelo e sentenciar qualquer sentimento à execução imediata sem qualquer oportunidade para apelações, novos julgamentos ou um advogado com mais tempo de preparo.
Sempre vi o arco-íris cortar o céu depois da chuva, mas quando vier toda essa tempestade, ventania, explosão e avalanches que antecede a calmaria você continuaria por aqui?

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Só por mais um tempo

Fica mais um pouco, só mais alguns minutos. Segura minha mão, me abraça forte, diz que me adora. O mundo girou duas vezes mais devagar enquanto eu estava no meio dos teus braços, não consegui ouvir mais nada.
Não senti medo do escuro quando não houve luz por alguns segundos, você esteve ali, você ainda está aqui. As luzinhas da cidade ficaram ofuscadas no meio de tantas palavras mudas, eu ri da minha própria confusão.
Só mais um tempo, só até eu sentir que está tudo certo, me deixa respirar fundo, ainda tenho medo de me deparar com um muro lá na frente. Eu sei que ás vezes sou quase inalcançável, complicada e perfeccionista, mas é tão gostoso ver o seu sorriso que eu prometo melhorar.

Então fica, só por mais alguns minutos.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Definições

Eu me desfaço em lágrimas, me refaço por orgulho, me aquieto com as dúvidas, me perco em pensamentos, me livro e reinvento. Nesse processo se vão sentimentos, gostos, manias e pessoas.
E se eu faço isso, não me faz mais fraca, nem me faz melhor que ninguém. Cada vida, cada situação cada pessoa vê de uma forma, no final de tudo é apenas um 'jeito' de lidar com a situação

Falando em coração..

Talvez algumas pessoas estejam certas, eu tenho lá o meu coração de pedra. Tenho aquela crença que todo homem não presta até que se prove o contrário, assim eu construí uma muralha, abri um abismo e o cerquei de penhascos, fiz, pois já vi o coração coitado ser surrado inúmeras vezes, pois catei muitos caquinhos até remendar por completo e hoje não posso e nem quero entregar para o primeiro bom moço que passar.

Aquele bom moço, sonhador, altruísta, gentil e galanteador que vai acabar transformando amor em enfeite de estante, de mesinha da sala, companhia para os bonequinhos do banheiro. De que vale uma semana de paixão avassaladora se é seguida de meses de confusão emocional?

Então me perdoe a desconfiança, mas tempo é fundamental, paciência é artigo de suma importância e se por um acaso mantiver enfeites de antigos amores favor colocar todos no fundo da gaveta mais obscura, não gosto de me deparar com fantasmas de guerra andando pela casa.

Atrás de tanta defesa, tanto medo, o que sempre quis é que fosse só meu, que eu possa dizer: Sim, eu sou só sua.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Coração bom

Sempre tive esse sentimento, essa vontade de salvar o mundo. Quando eu era criança sonhava em ser cientista e descobrir a cura para todas as doenças do mundo, mas mudei e quis ser veterinária salvar todos os animais carentes e necessitados; mudei novamente e quis ser enfermeira, dentista, nutricionista, fisioterapeuta, tudo tinha praticamente o mesmo propósito: ajudar.
Mesmo no quinto período de enfermagem e amando a faculdade tem horas que penso que poderia fazer mais de alguma forma, como se não fosse o suficiente ajudar só os pacientes.
Assim que eu percebi a importância que eu acabo designando para as pessoas, quero ouvir e segurar a mão, quero colocar no colo e enxugar as lágrimas, dar uma bronca e um sermão quando necessário, sempre fui assim meio: "coração de mãe".
Seria ótimo se todos tivessem isso de querer ajudar, estar e se fazer presente, isso vale ouro e graças a Deus eu ando cercada de gente assim, de alma boa e coração valente e por eles eu dou sangue e alma.

Dedico á Lívia Lima, Gabriela Cristina, Andrezza Curi, Ellen Joyce e Mayara Medeiros.
Meninas que eu admiro demais e sempre me apoiaram muito.